Atheneu Sergipense
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abril 28, 2020 por Yuri Norberto

O ATHENEU SERGIPENSE

O ATHENEU SERGIPENSE
abril 28, 2020 por Yuri Norberto

Escrito por Wilembegue Rodrigues Oliveira

O ano de 2020 marca um grande evento para e educação de Sergipe, comemora-se o sesquicentenário do ATHENEU SERGIPENSE, uma escola que desde a sua criação é referência para a formação do conhecimento de nossa gente, levando além fronteira a história do nosso estado e do nosso estabelecimento de ensino.

A possibilidade de uma educação primária e gratuita para os “cidadãos” brasileiro vem desde a outorga da nossa primeira Carta Magna no ano de 1824, quando no item 32 do artigo 178, já em 1827 pela lei de nº15, determinava que em todas cidades e vilas populosas haverá escolas de primeiras letras necessárias. Em 03 de dezembro do ano seguinte era aberto o edital para concurso para todas as cadeiras de primeiras letras e outras disciplinas, assim dando início ao processo de letramento da nossa gente. Com a instalação do Conselho Geral da Província em primeiro de dezembro de 1829, com base no que determinava a Constituição do Império, cria-se na cidade de São Cristóvão as cadeiras de Retórica, Filosofia, Geometria, Francês e Geografia, criando assim as bases para a criação do Ensino Secundário na Província de Sergipe.

“A primeira tentativa de organização de curso secundário privilegiava o ensino normal, a preparação de professores para as aulas (ou classes) existentes. Uma tentativa malograda, mas que jamais desapareceu do rol dos interesses sergipanos. O Liceu Sergipense, ou Liceu de Sergipe, ou Liceu Provincial, ou ainda Liceu de São Cristóvão é a primeira escola, propriamente dita, organizada para oferecer aos alunos um preparo em diversas matérias. Criado em 1847, 9 anos depois da criação da Escola Normal (Lei nº 15, de 20 de março de 1838), O Liceu começou a funcionar em 1848, oferecendo o ensino de Filosofia, Retórica, Geometria, Latim e Francês. As cadeiras de Geografia e História e de Língua Inglesa foram providas e entraram em funcionamento em 1850. ”

A mudança da capital em 1855, realizada pelo então Presidente da Província Ignácio Joaquim Barbosa, não trouxe consigo a organização do processo educacional do novo centro político, tínhamos aulas avulsas e quando da visita do Imperador Pedro Segundo, o mesmo fez anotações em seu diário de viagem o quão sofrível era o conhecimento dos nosso estudantes , tanto em Matemática como Leitura, à medida que a nova urbes passava a se consolidar como nova capital, far-se-ia necessária a melhoria da educação , percebendo que novos centos de ensinos superiores passavam a ser criados como é ocaso da Faculdade de Direito na Província de Pernambuco.

Somente quinze anos depois da transferência da capital, pelo Regulamento Orgânico da Instrução Pública da Província de Sergipe , de 24 de outubro de 1870 é criado o Atheneu Sergipense, tendo seu estatuto formalizado em 12 de janeiro de 1871 e sua instalação ocorrendo com grande festividade no dia 03 de fevereiro do mesmo ano, onde passou a funcionar em uma sala da Câmera de Vereadores localizada na Rua da Aurora, atual Avenida Rio Branco, essa casa onde funcionou a dita Câmera de localização incerta. Com os melhoramentos da nova capital e o sonho da elite provinciana de ter seus filhos como uma formação superior quer seja pela Província da Bahia ou de Pernambuco, a educação vai se estruturando o que exige um prédio para o Atheneu Sergipense, se bem um local para a construção do prédio já tinha sido determinado, o local seria na região do marco zero da nova capital, a atual Praça General Valadão. Porém com a morte do fundador da cidade, com a chegada no novo Presidente da Província, Salvador Correia de Sá e Benevides, devido o índice de criminalidade na cidade, o mesmo resolveu construir uma cadeia pública, hoje no local temos o Palácio Serigy, antiga Secretaria da Saúde do Estado.

Assim como o Atheneu sergipense, ao longo de sua história teve várias sedes, onde sua primeira localização ficava na praça da Catedral, hoje Praça Olympio Campos, onde hoje funciona a Câmera Municipal de Vereadores, não era uma construção assobradada como atualmente vemos, em 1899 o colégio passa para uma nova sede, agora na atual Praça Camerino, logradouro que homenageia o sergipano de Estância, “Herói” da Guerra do Paraguai. O prédio da segunda sede, já foi utilizado como sede do DCE – Diretório Central dos Estudantes da UFS – Universidade Federal de Sergipe, hoje funciona um órgão ligado a Justiça Federal.

Já na administração do Governador Maurício Graccho Cardoso, o colégio é alocado em um prédio moderno, em todos os sentidos, moderna arquitetura, com laboratórios bem equipados e em uma localização privilegiada, na atual avenida Ivo do Prado, recebe também uma nova nomenclatura ATHENEU PEDRO II, esse mesmo imóvel já fora ocupado pela secretaria de Estado da Educação e atualmente abriga o acevo do MUSEU DA GENTE SERGIPANA. Já sobre a administração do Governador José Rollemberg Leite, mais uma vez o Atheneu ganha um novo prédio, agora no Bairro São José, localizado no largo (praça) Graccho Cardoso, construído de forma modular, tendo o primeiro prédio sendo construído o da rua Monsenhor Silveira, o ano é 1950 e paulatinamente o colégio vai ocupando todo o quadrante, inclusive com um teatro coligado ao colégio e posteriormente desmembrando da unidade de ensino, tornando-se uma unidade autônoma.

O périplo por onde passou o colégio, também ao logo de sua história teve nomenclaturas diferentes: Liceu Secundário de Sergipe (1881), Escola Normal de dois Graus (1822), Atheneu Pedro II (1925), Colégio de Sergipe (1942), depois renomeado como Colégio Estadual Atheneu Sergipense, nos anos 2000 uma nova nomenclatura adequando-se ao novo modelo de ensino adotado: Centro de Excelência Atheneu Sergipense, já na gestão posterior uma nova nomenclatura Centro Experimental Atheneu Sergipense e na gestão atual numa nova reestruturação do ensino ofertado, volta a nomenclatura de Centro de Excelência Atheneu Sergipense. Vale ressaltar que ainda na primeira década do século XX o Atheneu Sergipense passou a aceitar mulheres nos cursos ofertados pela instituição de ensino.

Com a criação do colégio, é criada a Douta Congregação, os lentes (professores) formam escolhidos as pessoas mais aptas para ocupar as cadeiras da instituição de ensino. Cabia a congregação fazer a escolha dos materiais a serem utilizados pelos alunos (compêndios – livros, propor aulas teóricas e práticas, intercâmbios com outras escolas, inclusive de outros estados). Era de responsabilidade da Congregação avaliar postulantes, em caso de vagas, para ocupar as cadeiras que não despusesse de professores. Os candidatos à vaga tinham que passar por uma prova escrita, orais, práticas, arguição e à medida que ia afunilando o processo, o mesmo teria que defender uma tese. O salário era compensatório, seu valor equivalia ao salário de um Desembargador.

O Atheneu Sergipense, tem seu nome ligado ao crescimento não só econômico, político e intelectual, ao longo da nossa história dento desse contexto que é o bicentenário da nossa independência em 08 de julho de 1820. O colégio proporcionou e proporciona a nossa sociedade uma gama de empresários, intelectuais de alta relevância para a cultura brasileira, governadores dentre outros políticos a nível estadual como também federal. O colégio tem seu nome inserido entre as grandes instituições de ensino brasileiro, contribuindo para uma formação completa dos seus alunos proporcionado a realização de sonos e projetos de vida muitas vezes sonhos esses descobertos no convívio do anima da escola, na interação entre os alunos, pessoal de apoio, professores e direção; corpo docente e discente em sintonia, consolidado os alicerceares e construindo uma história que perpassa gerações de famílias que estudaram e fazem questão que seus filhos tenham a experiência vivida por eles , sintam o que é fazer parte de uma instituição de ensino que sua história está incrustada nos anais da formação da sociedade brasileira.

*Professor licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe, Pós-graduado pela Faculdade São Luís de França – Ensino de História: Novas Abordagens (O uso das Novas Tecnologias e o Ensino de História). Professor da Rede Estadual de Ensino desde 1998.

Referencias:

Correio de Sergipe Especial (Memória de Sergipe fascículo – 1 Educação)

O Liceu Sergipense – Fonte Infonet.

Secretaria de Estado de Educação Ascom 24/10/2005.

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