AYÒ que quer dizer alegria! 15 anos se passaram e cá está repleto de muitas lutas, resistência, arte, amor, alegria e o mais importante, tolerância e respeito.
O Projeto Um Quê de Negritude é idealizado pela professora Clélia Ferreira Ramos, do Centro de Excelência Atheneu Sergipense e tem como intuito propagar e valorizar a cultura Afro-brasileira e indígena.
Para a professora Clélia, pensar como o projeto foi criado a faz viajar em uma trajetória mágica e dentro desses 15 anos, o caminho foi trilhado com magnitude, mas claro, não deixou de enfrentar dificuldades, algo que não deixa de fazer parte do processo que faz hoje do UQN um dos projetos de divulgação de cultura afro mais lindos do estado de Sergipe.
Mesmo sendo lei nacional, a 10.639/03, que obriga o ensino da História da Cultura Afro-Brasileira, enfrenta muitas dificuldades para ser posta em prática, seja devido ao preconceito e ao racismo estrutural que permeia o país, ou seja pela simples falta de vontade de alguns profissionais da educação. São inúmeras as resistências! Mas algo ultrapassado com maestria pela professora Clélia e pelos membros que fazem o Um Quê de Negritude.
Esse ano é de comemoração para o projeto que completa 15 anos e não poderia ter sido escolhida outra palavra para resumir esse momento. AYÒ, palavra de origem Iorubá que significa alegria. É alegria que emana de dentro para fora e encanta todos com o espetáculo de comemoração dos 15 anos do projeto.
Dividido em 4 atos: A Criação, A Consagração, A Conquista e A Celebração, o espetáculo reuniu muita arte, cultura negra e história. Apresentações que homenageiam os Orixás, entidades presentes no Candomblé, religião de matriz africana, dentre eles Exu, Yemanjá, Iansã, Oxossi, Xangô, Nanã, Obaluayê e Oxalá. Com apresentações que levavam o público a ficarem boquiabertos, o UQN comemora seus 15 anos com maestria e mais uma vez marca a História da Educação em Sergipe.
Parabéns aos alunos e ex-alunos que compõem o Um Quê de Negritude, o empenho e dedicação de vocês faz desse projeto a esperança na educação brasileira. Parabéns especialmente a professora Clélia que há 15 anos acredita nesse projeto e com magnitude marca não só a educação em Sergipe, mas também no Brasil e no mundo.
